Sociedades médicas pedem criação da Área de Atuação em Microcirurgia Reconstrutiva
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva (SBMR) solicitaram à Associação Médica Brasileira (AMB) a criação da Área de Atuação em Microcirurgia Reconstrutiva.
Documento justificando a necessidade de criação dessa área de atuação médica foi enviado dia 4 de setembro à AMB, com assinatura de todos os presidentes das seis entidades.
“As sociedades estão unidas em torno dessa importante demanda para a população e aguardando, para breve, a deliberação da AMB e Comissão Mista de Especialidades para que o nosso pleito seja acolhido”, informa a Presidente da SBCCP, Dra. Fátima Matos.
No que diz respeito à Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o documento esclarece que a grande maioria dos cirurgiões que realizam de rotina a técnica de microcirurgia reconstrutiva, fizeram sua formação no exterior, uma vez que há escassos centros de treinamento nacionais para esta área de atuação.
“Com a demanda crescente de pacientes necessitando de melhores opções reparadoras oncológicas, com o crescente interesse dos especialistas e com a necessidade da criação de mais centros formadores em microcirurgia reconstrutiva, torna-se necessária a normatização de uma área de atuação em microcirurgia reconstrutiva com o objetivo não só de regulamentar esta atividade nos núcleos de ensino já existentes, mas também de aumentar a possibilidade de capacitação dos centros atuantes nessa técnica”, justifica o documento.
Pela proposta de criação de Área de Atuação em Microcirurgia Reconstrutiva, o período mínimo de formação solicitado foi de um ano, tendo como pré-requisito o Certificado de Residência Médica e/ou Título de Especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço e/ou Cirurgia Plástica e/ou Cirurgia Oncológica e/ou Cirurgia da Mão e/ou Neurocirurgia.
Cada sociedade de especialidade justificou a necessidade dessa nova área de atuação e entendem que “o tema é de extrema importância e relevância não só para os especialistas, mas para a população que se beneficia imensamente quando tem a possibilidade de acesso a centros com médicos com essa expertise (que são poucos e não conseguem atender à crescente demanda de nosso país). Também é importante ressaltar que a criação da área de atuação em Microcirurgia Reconstrutiva também possibilitará a criação de centros de treinamento especializados e de qualidade que serão supervisionados pelas especialidades envolvidas, não sendo mais necessária a busca de conhecimento e treinamento fora do Brasil”, destaca o documento enviado à AMB.