Estudo publicado na The Lancet mostra que fumar aumenta em até 216% o risco de desenvolver câncer de laringe
A revista The Lancet Public Health publicou um dos maiores estudos já realizados sobre os efeitos do tabaco no organismo humano, que mostra que o fumo aumenta, em até 216%, as chances do desenvolvimento do câncer de laringe.
O estudo também comprova que o fumo aumenta a possibilidade de surgimento de outras 55 doenças, como tumores benignos de glândulas salivares, carcinoma in sito do ouvido médio e do aparelho respiratório, câncer de pulmão, bronquite crônica, embolia e trombose arterial, enfisema, câncer de bexiga, entre outras.
O Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), Dr. Marco Kulcsar, chama a atenção para o fato desse ser um estudo que fornece uma avaliação abrangente dos efeitos do tabagismo na saúde em longo prazo, com uma ampla análise das doenças.
O estudo foi realizado na população chinesa adulta, residente em diferentes regiões da China, totalizando informações de 512 mil pessoas, entre homens e mulheres. Os dados foram recrutados entre 2004 e 2008, disponíveis no banco de dados de saúde Kadoorie. Os participantes foram acompanhados durante 11 anos - 48,8 mil deles morreram e foram feitas 1,14 milhão de diagnósticos de doenças.
De acordo com Kulcsar, o estudo mostrou ainda que o hábito de fumar regularmente foi diretamente associado a um maior risco para 56 diagnósticos de doenças e 22 causas de morte, com aumento do risco variando entre 6%, para o surgimento do diabetes, e até 216%, para o câncer de laringe.
BOA NOTÍCIA – O estudo publicado na The Lancet também apresentou uma boa notícia. Entre as pessoas que pararam completamente de fumar, após 10 anos do último cigarro os riscos para o surgimento das doenças eram os mesmos de quem nunca fumou.
“Esse estudo comprova o que nós, cirurgiões de cabeça e pescoço, e demais colegas médicos alertamos constantemente: o tabagismo traz graves problemas para a saúde e parar de fumar é sempre a melhor alternativa”, ressalta Kulcsar.
ALÉM DO TABAGISMO – Assim como o fumo, outros fatores também influenciam no risco para o desenvolvimento do câncer na região da cabeça e pescoço. Os tumores malignos (câncer) que aparecem na boca, orofaringe, laringe (local onde estão as cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo, pele do rosto e do pescoço são chamados de Câncer de Cabeça e Pescoço.
Caso sinta desconforto na garganta, rouquidão prolongada ou tenha alguma ferida na boca ou região da cabeça e do pescoço, procure logo o especialista.
O câncer de cabeça e pescoço, quando diagnosticado e tratado precocemente, chega a 90% de cura.
Principais sintomas
• Nódulo no pescoço
• Manchas brancas ou avermelhadas na boca
• Ferida que não cicatriza em duas semanas
• Dor de garganta que não melhora em 15 dias
• Dificuldade ou dor para engolir
• Alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias
Esses sinais também são causados por outras condições clínicas. Portanto, é importante conversar com o seu médico.
Prevenção
Procure manter uma alimentação saudável, pratique atividade física regularmente, mantenha sua higiene bucal em dia, evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, não fume e use protetor solar.
Principais fatores de risco
Câncer de cavidade oral (boca)
• Tabagismo (cigarro, cigarro eletrônico, charuto, cachimbo, narguilé e produto feito por rolo)
• Consumo excessivo de álcool
• Exposição ao sol sem uso de protetor labial
• Infecção por HPV (Papolomavírus Humano)
Câncer de tireoide
• Dieta pobre em iodo
• História de irradiação do pescoço
• Radioterapia em baixas doses (principalmente na infância)
• História familiar de câncer de tireoide
• Obesidade
• Tabagismo
• Exposições hormonais
• Poluentes ambientais
Câncer de laringe
• Tabagismo
• Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
• Excesso de gordura corporal
• Exposição ocupacional de alguns elementos como pó de madeira, produtos químicos utilizados na metalurgia, petróleo, plásticos, indústrias têxteis e o amianto
Câncer de pele
• Exposição prolongada ao sol (raios ultravioletas - UV), principalmente na infância e adolescência
• Exposição ao sol sem uso de protetor solar
• Exposição a câmeras de bronzeamento artificial
• História familiar de câncer de pele
Organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), o curso foi direcionado aos médicos e acadêmicos com interesse em laringologia
Organizado e re...
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